A explosão do uso das redes sociais no mundo inteiro (Brasil incluído) está provocando uma mudança no cenário do uso de sites e portais pelas empresas de uma maneira geral. Isso é mais claro especialmente naquelas que viam esse tipo de plataforma como o seu principal ambiente de comunicação digital. Hoje há um ponto de inflexão diferenciado no tema. O foco conceitual da Comunicação Digital tem se transferido para a “conversação” das redes sociais que tem sido o ambiente de relacionamento como fim em si. E olhando a necessidade do usuário/consumidor, percebe-se que os sites “institucionais”, definitivamente, não atendem.
E não atendem por quê? Primeiro do ponto de vista estrutural e tecnológico: a matriz de Arquitetura da Informação da maioria dos portais institucionais ainda é muito rígida e pouca afeita às necessidades de interação colaborativas. A própria natureza da informação de áreas padrão como Quem Somos, Palavra do Presidente, Produtos, Missão, Clientes, Testemunhais e Cases - só para citar áreas bem comuns – não facilita a colaboração, a interação e o diálogo. Em resumo não é atrativa, não provoca reações, não “carrega” em si o sentimento de “causas” que tanto agrada hoje ao cliente e cidadão conectado.
Por outro lado, as empresas que têm saído na frente, usando e experimentando (tem que experimentar mesmo) as Redes Sociais, estão conseguindo atuar através do “diálogo digital” de forma mais coloquial, direta, tempo real e colaborativa. Dessa forma elas mesmas estão fazendo a transição do seu portal institucional de antigo protagonista e âncora de comunicação de digital para ser algo como um “hub” de distribuição onde estão os direcionadores de interesses de comunicação do internauta. Mas fica a pergunta: como assim? Nessa nova ordem da comunicação atual o site institucional só vai servir para ter os links para as redes sociais? A pensar... A verdade é que tem uma agonia dos portais informativos sim. Se o relacionamento está migrando para as redes sociais, por outro lado, há também o caminho da rede social própria. São duas opções diferentes a serem analisadas num cenário de convergência. Seria, assim, uma versão do “site institucional” muito mais inteligente.
(Post publicado originalmente no Blog da FSB PR Digital (www.fsb.com.br/blog)
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
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Há mais de 3 anos você fala que o site institucional é o porto seguro das empresas. O portal de todos os conteúdos. Isso prevalece até hoje e fica cada vez mais evidente com o crescimento das redes sociais.
ResponderExcluirO ponto que acho que as empresas pecam é na falta de geração de projetos/conteúdo exclusivo da empresa.
Fazer eventos, de diversas naturezas, é uma excelente forma de gerar conteúdo para divulgação (via hot sites) nos sites institucionais.
Assim, acredito que o site institucional será sempre importante, mas com um papel muito específico no universo Internet.
Pois é Paulo, falava isso mesmo. Mas as redes sociais estão dando a eles uma pequena crise existencial ;-)
ResponderExcluirQue é mais ou menos parecida com o que acontece com os jornais. Acho que eles não possuem a mesma dinâmica das redes sociais. Por isso acredito que o site institucional deve virar algo mais low profile e o verdadeiro site institucional da empresa deve ser uma rede social. Vocacionada, pela própria definição, para relacionamentos e interaçÕes mais próximas do seu consumidor. bj