quarta-feira, 8 de maio de 2013

Velhas questões que sempre estão em novos debates: um mundo digital em Looping.

Já que hoje foi o Rizzo Social Media Day (kkk) resolvi escrever aqui algumas impressões sobre o que vi e ouvi no Proxxima, evento aqui em SP, do mercado digital: as ferramentas (entenda-se tecnologia em suas mais diversas "psicografias") se multiplicam na mesma velocidade das idéias mas inversamente proporcional à capacidade que o mercado (empresas, profissionais e agências) são capazes de implementa-las. A era da informação é também a era da execução e retorno de resultado muito mais esporádico do que se imagina (com honrosas exceções). Acreditam que ainda se ouve falar que a turma da TI precisa ser integrada ao Marketing? E que é preciso segmentar para ter melhor resultado? Que o modelo de mídia no Brasil é muito diferente do americano e europeu e isso dificulta novas idéias na área? Que o cliente vai procurar agências que lhes mostrem o impacto da comunicação nos seus negócios?

Todas essas questões eram ou não temas de 8 anos atrás? Confesso que me assusto um pouco com a capacidade do mercado de entrar num looping míope - algumas vezes delirante. Incrível que se valem de respirar ar fresco com algumas idéias diferentes que ali ou aqui aparecem e são incensadas e usados como regra quando na verdade são exceções. E assim o vento fresco parece que vale para todos e tudo. Não é verdade.

Eu gosto de trocar idéias nesses eventos mas sempre saio com a sensação que devíamos aproximar mais a teoria das práticas. Claro, a visão de futuro é essencial. Mas me agonia quando ela passa muito longe do percentual aspiracional desejável. Outro dia ouvi de um cliente uma frase muito interessante. Eu perguntava sobre cases e ele me disse que não se interessava por cases porque em geral eram protótipos que beneficiavam poucos e, quase sempre, não eram escaláveis a ponto de alcançar uma massa importante de pessoas. Gosto dessa idéia. Nós, do ambiente digital, não podemos ser apenas antenas da raça capturando tendências e atuando como agentes transformadores com novas e diferentes idéias em volta da nossa fogueira (algumas compartilhadas mas muitas de pura vaidade). É preciso, paralelamente, arregaçar as mangas.

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